quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A cada dia percebo que a humanidade hoje deixou de dar valor a coisas que realmente importam.
Valoriza-se mais o que se tem do que quem se é
Valoriza-se mais a carreira e o sucesso do que a família
Mais algumas horas de prazer do que uma vida de cumplicidade
Mais o dinheiro do que a vida...

A cada dia desejo acreditar que ainda iremos acordar desse estado entorpecido que achamos ser vida e passaremos a viver de verdade, dando valor as coisas simples e verdadeiras. Porque quando dermos nosso ultimo suspiro de vida não levaremos nada conosco, mas poderemos deixar coisas que realmente importam... bons exemplos, lembranças e  saudade.

(Liliane Maganin)


Foto retirada da internet, autor desconhecido

sábado, 15 de junho de 2013

Sonho utópico de filhos que não fujam à luta

Com as atuais manifestações me lembrei de um tempo onde o povo foi as ruas e mostrou que unido pode muito mais. Foi um dos poucos momentos que pude dizer ter orgulho de ser brasileira, mas que infelizmente, não tem acontecido com frequência. Infelizmente, porque estamos sendo "filhos que foge à luta" ao permitir tanta corrupção, tanto descaso, tanta roubalheira por parte de quem deveria estar governado "para o povo e pelo o povo". Me veio um desejo quase utópico à cabeça: Bem que os brasileiros podiam aprender a força que têm e buscar os seus direitos. Bem que podiam aprender a seriedade do voto e escolher bem, e se percebessem que o que havia sido prometido não estava sendo cumprido, que novamente pintassem as caras e fossem às ruas. Bem que os brasileiros poderiam se conscientizar de que as mudanças começam de forma individual, por não jogar lixo nas ruas, não furar filas, não querer ser mais esperto e assim ser desonesto.
Bem que isso tudo poderia realmente acontecer!
(Liliane Maganin)

Compartilho com vocês um texto muito conhecido nas escolas mineiras de ensino médio, mas que infelizmente, poucos ou quase nenhum estudante percebe o que ele realmente está ensinando.

Carta ao meu filho
Filho, ligo a Tv para assistir ao protesto dos estudantes em passeata contra a corrupção, a favor da ética na política, e, pasmo, descubro sua imagem entre os milhares de adolescentes, caminhando e cantando como a música de Vandré.
Pai, cidadão e ex-estudante, tive súbitas e sucessivas reações. A primeira foi a de que você estava matando aula. A segunda é de que exercitava a plenitude democrática, o civismo e a civilidade. A terceira, um misto de orgulho e remorso.
De orgulho, filho, por vê-lo empunhando a bandeira de uma causa maior, o seu país. De remorso, porque eu não o fiz herdeiro dessa mesma luta, nem do país que você e sua geração almejam e pelo qual saíram hoje às ruas. Na juventude de seu rosto, filho, vi revelada a face anônima de jovens manifestantes do meu tempo. Não o rosto de seu pai . “Eu fui um filho que fugiu à luta”.
P.S.: Acaba de ser informado pelo colégio que você, para ir à manifestação, pulou o muro. Não é essa, filho, a melhor forma de conquistar: pulando muro.
Pior, porém, seria ficar em cima dele.

(De Cleo Medeiros a seu filho Felipe Cleodon, 17, que fugiu da escola para ir à passeata. A carta foi colocada sobre a cama.)
 
 

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Mudando os valores

As vezes tenho a impressão de que nos esquecemos do que é mais importante e direcionamos nosso foco para coisas e conquistas complementares. Acho que é daí que vem o sentimento de estar faltando algo, porque estamos priorizando conquistas secundárias e esquecendo o valor das coisas simples da vida.
(Liliane Maganin)


domingo, 31 de março de 2013

Mudei

Já não sou mais a mesma. Existem coisas que nos mudam permanentemente e quando se experimenta a leveza da alma, aquela paz interior, sem nenhum motivo aparente, não tem jeito, ninguém quer voltar atrás. Revi minhas prioridades, meus conceitos e objetivos, agora tenho de admitir que gostei do que senti.
Gostei de me sentir minha, gostei de me dar conta do valor que tenho e me valorizar, gostei de sentir que tudo, ou nada, pode acontecer e mesmo assim vou estar bem.
Gostei de me dar conta de que mudei e ficar feliz de verdade com isso.

(Liliane Maganin)
 
 
 

sábado, 23 de março de 2013

Um antropólogo fez uma brincadeira com as crianças de uma tribo africana. Ele colocou um cesto cheio de frutas junto a uma árvore e disse para as crianças que o primeiro que chegasse na árvore ganharia todas as frutas. Dado o sinal, todas as crianças saíram ao mesmo tempo de mãos dadas! Então sentaram-se juntas para aproveitar da recompensa. Quando o antropólogo perguntou porque elas haviam agido dessa forma, sabendo que um entre eles poderia ter todos os frutos para si, eles responderam:

"Ubuntu. Como um de nós pode ser feliz se todos os outros estiverem tristes?"
Ubuntu na cultura Xhosa significa: "Eu sou porque nós somos".


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Formas estranhas

A vida as vezes nos ensina de formas estranhas e vai nos moldando, nos mudando.
As vezes leva uma vida inteira para aprender certas coisas, mas as vezes leva apenas alguns minutos.
As vezes mudamos de ideia, de consciência, de opinião e de repente percebemos que não somos mais os mesmos, que os planos mudaram, os sonhos já não são mais aqueles.
Nos descobrimos mais fortes em alguns aspectos e muito mais frágeis em outros.
As vezes a vida nos dá a chance de valorizar antes de perdermos. As vezes deixamos essa chance passar.
As vezes nos importamos muito, mas as decepções vão tornando essa importância cada vez menor até quase não ser mais nada, e as vezes deixa mesmo de ser.
Ouvi uma vez que a vida é curta, e depois ouvi que ela dura o tempo que precisa. Não sei se concordo com nenhuma das duas opiniões, as vezes ela parece ser tão breve que não temos tempo para nada, mas as vezes parece tão longa que parece muito mais do que era preciso. Então, não sei muito o que dizer sobre o tempo que a vida deve durar, sei apenas o que sinto a seu respeito. Sei apenas o que ela me ensinou até aqui. Sei apenas que ela continuará me ensinando e espero continuar aprendendo, me moldando, me mudando.
Sabe? A vida as vezes nos ensina de formas estranhas e se demoramos a aprender, perdemos por não dar valor, perdemos por não ter aprendido, perdemos por ficar repetindo os mesmos erros, perdemos por nos achar mais espertos, perdemos, perdemos e perdemos. Por isso, resolvi prestar mais atenção, falar menos mas ouvir e observar mais, e aprender, aprender e aprender, talvez assim continue ganhando, me moldando e me mudando.
Porque se tem uma coisa que aprendi com a vida, é que as vezes ela nos ensina de formas estranhas.

(Liliane Maganin)
 
 
 
"Senhor

Ajuda-me a dizer a verdade diante dos fortes e a não dizer mentiras para ganhar o aplauso dos fracos .
Se me dás fortuna, não me tires a razão.
Se me dás o sucesso, não me tires a humildade.
... Se me dás humildade, não me tires a dignidade .
Ajuda-me a ver o outro lado da moeda, não me deixes acusar o outro por traição aos demais, apenas por não pensar igual a mim.
Ensina-me a amar aos outros como a mim mesmo.
Não deixes que me torne orgulhoso se triunfo, nem cair em desespero se fracasso .
Mas recorda-me que o fracasso é a experiência que precede ao triunfo .
Ensina-me que perdoar é um sinal de grandeza e que a vingança é um sinal de baixeza.
Se não me deres o êxito, dá-me forças para aprender com o fracasso. Se eu ofender as pessoas, dá-me coragem para desculpar-me e se as pessoas me ofenderem, dá- me grandeza para perdoa-las. Senhor, se eu me esquecer de ti, nunca te esqueças de mim."

(Mahatma Gandhi)